Secretariado Diocesano da Pastoral Litúrgica de Viseu
.
Acólitos ADAP Admonições Anúncio Pascal Audiovisuais Coro Equipa Litúrgica Espiritualidade
Horário da Missa Lecionários Leitores  Liturgia e Vida Quem somos Registação-Órgão  Zeladoas-igreja Formação
.
Celebração do Domingo

Domingo de Páscoa Ano B

“Jesus Cristo, Verbo feito carne, enviado «como homem para os homens», «fala as palavras de Deus» (Jo. 3,34) e consuma a obra de salvação que o Pai lhe mandou realizar (cfr. Jo. 5,36; 17,4). Por isso, Ele, vê-lo a Ele é ver o Pai (cfr. Jo. 14,9), com toda a sua presença e manifestação da sua pessoa, com palavras e obras, sinais e milagres, e sobretudo com a sua morte e gloriosa ressurreição, enfim, com o envio do Espírito de verdade, completa totalmente e confirma com o testemunho divino a revelação” (Dei Verbum 4). Ou seja, a progressiva manifestação do amor de Deus à humanidade alcança a sua plenitude na ressurreição gloriosa (Páscoa), confirmada com o Espírito da verdade (Pentecostes). A Ressurreição ou é uma nova criação do mundo, ou é uma nova dimensão do mundo, ou é uma abertura do mundo a uma nova realidade. Celebramos a Páscoa na alegria. Há realidades que precisam do símbolo para que possam ser explicadas e celebradas. A ressurreição de Jesus é muito mais do que um milagre, é muito mais do que a narração que dela conhecemos. Como imaginar e representar a Páscoa de Jesus? A ressurreição de Jesus é muito mais do que um sepulcro vazio. Este domingo não é como os outros, mas é o domingo que dá sentido a todos os outros, a todas as festas e celebrações cristãs. Quando dizemos que Cristo ressuscitou, estamos a dizer tantas coisas! Dizemos que com Cristo Ressuscitado, começa uma nova criação; que a vida triunfa da morte; que a esperança não morrerá jamais; que vale a pena lutar contra o mal; que cada pessoa tem de ser descida da sua cruz para viver uma vida digna; que as bem-aventuranças existem, não são um sonho impossível; que se deve aspirar às “coisas do alto” (2ª leitura); que o triunfo de Jesus é um triunfo de uma vida pobre, humilde, em que os últimos são os primeiros, em que “a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular” (Salmo). A alegria pascal irá prolongar-se até à Solenidade de Pentecostes. São cinquenta dias! Temos tempo para saborear e entender a mensagem que a ressurreição de Jesus nos dá. É uma alegria que transforma. Maria Madalena “viu a pedra retirada do sepulcro”. Passámos por momentos tão difíceis, por uma dura experiência de dor e de paixão em muitos aspetos da nossa vida. Perdemos tanto nestes últimos tempos! Convívios, Amizades, Carinho, Proximidade, Confiança, Segurança, Emprego, Estabilidade, Saúde, Familiares! O Domingo de Páscoa não é dia para esconder o passado e alegrarmo-nos, como se nada tivesse acontecido. Não se trata de olhar para outro lado. Fazer de conta que não aconteceu nada. A cruz continua presente na nossa vida, mas a “pedra foi retirada”. A Páscoa ilumina a cruz, mas não a elimina. A nossa alegria deve brotar daquilo que nos causa dor e, por isso, nos motiva à esperança. Deixemos que a nossa vida se transforme ao contemplarmos o Ressuscitado. Foi o que fizeram Maria Madalena, Pedro e, depois, tantos outros. Agora, é a nossa vez. Digamos com fé e alegria: O Senhor ressuscitou e fez brilhar sobre nós a sua luz. Ele remiu-nos com o seu sangue. Aleluia!  

 

Sugestão de Cânticos

Entrada: Ó Páscoa Gloriosa, F. Santos, NCT 175; Hoje é dia de festa (C. Silva) – OC 135; Este é o dia que o Senhor nos fez (M. Luís) – NCT 539; O Senhor ressuscitou verdadeiramente (A. Cartageno) – CEC I 138; Ressuscitei e eis-me para sempre contigo (J. Martins) – CEC I 137; Sequência: Victimae paschali, c. greg., NCT 202; Ofertório: Ó Páscoa gloriosa (F. Santos) – NCT 176; Nasceu o sol da Páscoa (M. Luís) – NCT 537; Comunhão: Sempre que comemos o pão, F. Santos, NCT 198; O Senhor ressuscitou verdadeiramente (A. Cartageno) – CEC I 138; Cristo, nosso Cordeiro Pascal (M. Simões) – NCT 167; As bodas do Cordeiro (M. Luís) – CAC 259; Final: Rainha dos Céus, alegrai-vos (F. Silva) – IC 331; Na sua dor (A. Cartageno) – NCT 200; Regina Caeli (Gregoriano) – NCT 205. QUINTA-FEIRA SANTA – MISSA DA CEIA DO SENHOR: Entrada: Toda a nossa glória, M. Luís, NCT 124; Lava-Pés: Recebemos do Senhor, M. Luís, NCT 127; Vós sereis meus amigos, M. Luís, NCT 128; Ofertório: Onde há caridade, M. Luís, NCT 129; Ubi caritas, c. greg., NCT 172; Comunhão: O cálice da bênção, F. Silva, NCT 131; Procissão Eucarística: Celebremos o Mistério, F. Santos, NCT 134. SEXTA FEIRA SANTA – CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO DO SENHOR: Adoração da Cruz: Ó Cruz fiel, F. Santos, NCT 142; Adoramos, Senhor, M. Luís, NCT 138; Meu povo, que te fiz eu?, M. Luís, NCT 140; Comunhão: Lembrai-vos de nós, M. Luís, NCT 146. VIGÍLIA PASCAL: Aclamação ao Evangelho: Aleluia: tríplice aleluia, conforme a melodia proposta no Missal, 308, acrescentando-se o salmo de NCT 156; Ladainhas: NCT 156, tendo a preocupação de corrigir as invocações de acordo com o Missal, 310-311; Bênção da água: Fontes do Senhor, M. Luís, NCT 158; Durante a Aspersão: Sois a obra das mãos de Deus, F. Santos, NCT 161; Vós que fostes baptizados em Cristo; Comunhão: Às bodas do Cordeiro, M. Luís, NCT 166; Final: Louvai o Senhor, F. Santos, NCT 170; Cristo Ressuscitou, F. Santos, NCT 169.

Leitura Espiritual

«Este é o dia que o Senhor fez, cantemos e alegremo-nos nele!» (Sl 118, 24) 

Que bela é a festa de Páscoa! E que bela é esta assembleia! Este dia tem tantos mistérios, antigos e novos! Nesta semana de festa, ou antes, de alegria em toda a Terra, os homens rejubilam e até as forças celestes se juntam a nós para celebrar com alegria a ressurreição do Senhor. Exultam os anjos e os arcanjos, que esperam que o Rei dos Céus, Cristo nosso Deus, regresse da Terra, já vencedor; exultam os coros dos anjos, que aclamam a Cristo, elevado «das entranhas da madrugada, como o orvalho» (Sl 110,3). A Terra exulta, lavada com o sangue de Deus; o mar exulta, honrado com os passos do Senhor. Exultem também os homens, renascido da água e do Espírito Santo; exulte o primeiro homem, Adão, liberto da antiga maldição. Para além de instaurar este dia de festa, a ressurreição de Cristo trocou o sofrimento pela salvação, a morte pela imortalidade, as feridas pela cura, o fracasso pela ressurreição. Outrora, o mistério da Páscoa realizou-se no Egito segundo os ritos indicados pela Lei; mas o sacrifício do cordeiro era apenas um sinal, e hoje celebramos, segundo o Evangelho, uma Páscoa espiritual, que é o dia da ressurreição. Naquele tempo, foi imolado um cordeiro do rebanho; agora, é Cristo em pessoa que Se oferece como cordeiro de Deus. Dantes, era um animal do aprisco; agora já não é um cordeiro, mas o próprio Bom Pastor que dá a vida pelas suas ovelhas (cf Jo 10,11). O povo hebreu atravessou o mar Vermelho e entoou um hino de vitória em honra do seu Defensor: «Cantarei ao Senhor, pois Ele é grande» (Ex 15,1); nos nossos dias, os que foram julgados dignos de receber o batismo cantam em seu coração um hino da vitória: «Só vós sois o santo, só vós o Senhor, só Vós o altíssimo Jesus Cristo na glória de Deus Pai, ámen». «O Senhor é Rei, vestido de majestade», aclama o profeta (Sl 93,1). O povo hebreu atravessou o mar Vermelho e comeu o maná no deserto; nós, saindo da fonte batismal, comemos o pão descido do Céu (cf Jo 6,51). (Proclo de Constantinopla, c. 390-446, bispo, Sermão 14; PG 65, 796)

Padre Jorge Seixas, autor dos textos liturgia@diocesedeviseu.pt
Padre Carlos Cunha, autor do website © 2002-2024
View My Stats