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Zeladoras da Igreja

Arranjos florais

Para que as celebrações litúrgicas adquiram um tom festivo, como deve ser seu timbre, há elementos a ter, obrigatoriamente, em conta. Um deles é o cuidado estético do espaço, preocupação que inclui, entre outros, os arranjos de flores dos diversos lugares da igreja que devem ser adornados. É um trabalho ao qual nem sempre se dá o devido valor e apreço, pois só se vê o efeito, o trabalho final; contudo, deveria ser cada mais valorizado, devido à sua importância fundamental.

As pessoas, normalmente senhoras, que “enfeitam” semanalmente a Igreja, com esforço, dedicação e, sobretudo, com devoção, estão, talvez sem o saberem, a desempenhar um autêntico ministério litúrgico. É óbvio que também neste ministério, como nos outros já abordados anteriormente, haverá aspectos a considerar, no sentido de melhorar tão relevante serviço à comunidade. Deixamos, neste sentido, algumas breves notas sobre o modo como aperfeiçoar esta tarefa.

- Os arranjos florais não devem ser, em si mesmos, o pólo atractivo, nem despertar excessiva atenção, pois estão em função e a realçar outros elementos mais importantes. Isto é, ao olhar um belo arranjo floral do ambão, o que se quer destacar é a importância e beleza da Palavra de Deus que se proclama no ambão e não das flores; o mesmo do altar, do sacrário, de uma imagem, etc. Os arranjos colocam-se para despertar a atenção de outras coisas mais importantes.

- Os arranjos florais têm, portanto, uma função indicativa, orientadora, isto é, a sua função é apontar para outras elementos. Por isso, o excesso de flores junto ao altar, ao ambão, ao sacrário, a uma imagem… pode prejudicar, se obscurece, se esconde o que se pretende destacar, se chama demasiado a atenção sobre si.

- Deverá ter-se em conta a harmonia do conjunto. Por isso, é importante que, quer sejam as mesmas pessoas a arranjar os diversos lugares, sejam distintas, haja um esforço por conseguir a unidade e o equilíbrio: nas cores, no tipo de flores, na quantidade.

- Usar sempre flores naturais. Para Deus, o belo é natural, nunca artificial.

- Nem todos os espaços da igreja têm que ser adornados. Por exemplo: os bancos, uma escadaria, uma janela… não têm que se alindar com flores, não são elementos prioritários no espaço litúrgico, mas de segunda importância.

- Evitar qualquer tipo de ostentação, tentação que pode ocorrer sobretudo em dias de festa, casamentos, etc. Na igreja, a beleza deve ser marcada sempre pela nobre simplicidade. Além disso, devem evitar-se gastos excessivos e supérfluos; a igreja deve manifestar a pobreza e simplicidade também neste aspecto.

Terminam-se estas linhas com um obrigado a todas as pessoas que, semanalmente, de forma abnegada, desinteressada, em atitude autêntica oração, se esforçam por manter belo o lugar onde louvam o Senhor. Só Deus vê todo o esforço e compensará.